sábado, 22 de outubro de 2011

# 15 Hate You

 Um dia após o outro, e assim iriamos vivendo, somente eu e você.

Eu te odiava, odiava o jeito que pulsava, suas batidas lentas e vagarosas, sua cor vermelha, seu jeito saudades e travesso, e seu jeito de me controlar.

Eu estava pronta novamente, o elmo invisível estava colocado sobre minha mascara de gente, um sorriso irônico tomando conta dos lábios, as balas não me atingiam.

Apenas ria da tola que mirava uma arma para mim e atirava desesperada por me atingir.

Era isso, eu estava ganhando!!

Até que você tinha que se intrometer e entrar na frente!

As balas atravessaram você, e assim você arrancou meu elmo, tentou, mais minha mascara de gente permaneceu em meu rosto.

- Droga…
Era isso, eu estava vulnerável novamente, somente minha mascara não era palio para aquelas balas feitas de rancor e ódio.

O sorriso trocou de rosto e foi para o rosto dela, agora ela podia me acertar, e dessa vez ou eu seria ferida ou eu desviaria perfeitamente como daquela vez.

Sentia você sorrir pra mim enquanto estava no chão ensanguentado, como eu te odiava por fazer o que sempre faz. Sempre entrar na frente e me atrapalhar.

- Será que não pode ficar quieto um segundo e me deixar!!

Chutei o infeliz enquanto uma bala raspava meu braço, a mira dela nunca fora melhor que a minha, mais sem minha proteção tinha que fazer como daquela vez.

Mais não faria, o ódio fervia pelo sangue, os olhos se tronaram vermelhos, e uma exibição dos dentes, longe de ser um sorriso. E então o movimento suicida...

Bang Bang Bang!!

Uma no braço, outra na parede e a ultima na mão.

Ela estava no chão, o movimento foi rápido, a dor por outro lado não. A arma em minha mão com uma bala. Ela olhava para mim pasma e eu a olhava com uma fúria desumana.

- Eu te odeio!!

Virei para ele ainda jogado no chão, apontei a arma e disparei. Virei e apontei a arma para ela e fiz a contagem mental.

Duas no braço, uma na mão, outra na parede, uma nele... e a ultima é...

- Pra você!!

BANG!!

Sangue, era tudo o que via e a única coisa que a acalmava, mais dessa vez foi errado. A cor a deixava com mais fúria, a cor dele, vermelho.

Joguei a arma fora e notou as balas por fim incomodarem o movimento dos músculos.
- Que merda viu...

Segurou e pressionou para o sangue parar de escorrer, uma anêmica perder sangue é como querer morrer!!

Não adiantou, ele se levantou e a seguiu, ainda a atrapalharia muito, nunca conseguiu mata-lo por diversas vezes que tentou. Como o odiava.

- I Hate You!!

Estranhamente, ele gostava de outras três palavras.

“- I Love You...”

- Tsc...

Não importa o quanto eu te mate, o quanto eu tento te mandar embora, você continua a me seguir, não importa por onde vá, continuando essa batida que me irrita e me faz querer mata-lo mais vezes...

Como eu te ódio, e estou cansada de odiá-lo tanto... Não me mande flores, não entregue chocolates, não escreva poemas, não me faça sentir...


# 14 Doença

Bocejava, não via o lugar por onde andava, mais sabia que o lugar lhe era familiar. O rosto estava muito quente, sua cabeça estava muito leve mais seu corpo parecia pesar uma tonelada.

- Merda... To doente.

Suspirou meio infeliz, odiava ficar doente. Pessoas doentes são uma droga.

Tosse, espirros, febre, dor de garganta... Uma gripe comum, nada de muito alarme, mais ainda sim era um saco ficar doente, e pelo que ela podia deduzir iria ficar boa em 2 semanas...

- 2 SEMANAS!!

Droga.

Rumou então para o banho, quem sabe ficaria melhor, depois se medicaria, e por fim iria dormir.

sábado, 15 de outubro de 2011

# 13 Brilho da Noite.





A cavaleira não conseguia dormir, jogou um pouco com as crianças e por fim a dona da casa as mandou dormir. Algo chamou a atenção da cavaleira.

Luz lá fora.

Mais como assim? Estava de noite, quando olhou para fora, lá continuava escuro mais quando desviou o olhar o céu brilho novamente, se aproximou da janela e a abriu, sentiu o vento frio, algumas gotículas de água e a umidade bater em seu rosto.

- Chuva...

Mantinha seus olhos acima do céu, a água da chuva não a molhava, pois havia uma pequena varanda acima da janela que havia aberto, e ela estava no lado oeste da casa, a chuva e o vento batiam leste.

- Tudo esta perfeito... Para ver o show de luzes naturais.

O barulho a própria natureza fornecia, assim como as luzes e o próprio palco.

Relâmpagos fortes e rápidos cortavam o céu a cada segundo, iluminando todo o vilarejo das montanhas, inclusive as florestas mais abaixo.

- Entre raios e trovões nosso sonho afundou...

Sim, ela tinha recebido a noticia, logo voltaria para seu reino, seria no começo do dia seguinte. Uma tristeza abateu o coração da cavaleira, não queria sair de seu pequeno Paraíso para voltar para aquele Hospício.

A Dona da casa havia falado com a rainha que na verdade era para ela ter ido hoje, mais que houve imprevistos por causa da chuva, e isso trouxe raiva a rainha, pois ela queria a cavaleira em seu reino para fazer as tarefas.

Na hora que recebeu a noticia seu sorriso havia se perdido, imaginando o que receberia se voltasse... quando voltasse.

A Dona da casa tinha falado umas poucas e boas para a rainha, havia dito a Dona da casa. Mais por alguma razão ela não acreditou bem, sabia o que iria acontecer quando voltasse, e por mais que quisesse deixar de lado o seu coração, ela não conseguia.
- Não... consigo? 

Se havia de voltar, voltaria pronta pelo menos, a rainha tirou sua armadura para não ter proteção contra ela, e lhe tirou a espada para não poder ataca-la também...

Mas mal sabia ela que a cavaleira poderia atacar com novas armas.

- Tudo isso um dia acaba, pra de novo começar... Somos moldados a ferro e fogo.

Sentiu um pequeno sorriso brotar de seus lábios enquanto alguns raios cismavam de iluminar esse ato.

Sabia que ela agora “ofereceria” a ajuda da cavaleira, mais ela tinha escolha, sabia das consequências. Mais nessa Terra da Liberdade e dos Belos Horizontes ela viu, que ela ainda tinha direitos e armas contra a rainha. Mesmo que fosse moldada a fazer isso, moldada a ferro e fogo, mesmo que tudo isso se repita, dia após dia.

- Eu vou lutar, e novamente... Lutarei por mim. E eu não perco uma batalha.

Se tivesse que bater de frente, bateria. Ela não desviaria mais ou fingiria não ver quando a batia a derrubava. A rainha era falsa com ela, nunca mostrava seu verdadeiro eu, e ela era sua mãe!!

- Bom, dois podem jogar esse jogo.

Fechou os olhos, e ela sentiu como se uma mascara fosse colocada em seu rosto, como um elmo. Escondendo quem era e a protegendo disso, amanha estaria preparada.

- Let’s Do It!! Love is a Danger Zone!! And I’m a Live!!

Seu sorriso aumentou, e ainda olhava para o céu, agora com vontade de lutar... mais espera...

21:55!!

Porra tinha que estar com sono!! E estava... ate antes de estar entretida com o show de luzes naturais e por se animar.

- Porra!! Agora vou demorar mais para dormir...

Rumou para a cama. Fim da noite. 

# 12 Eu, ela e nosso exercito.



A senhorita do chá estava de volta, e a cavaleira ficou espantada por ver ela naquelas roupas. Onde estava o babado? Onde estava o rosa?

Ela estava vestindo diferente mais não era o diferente muito... Ah esquece.

A cavaleira ficou olhando, a senhorita do chá estava loira, com longos e delicados cachos, e um broche de rosa. Ainda era a senhorita dos chás, mais ela apareceu com uma roupa de... Exercito?

- Pronta para um missão?

Ah... droga.

E assim eu fui convocada para ser General em um determinado exercito. Não íamos lutar pois não estávamos em guerra, mais ela me arrastou e me nomeou com algo maneira apenas para uma coisa...

- PROXIMO!!

Um soldado qualquer se aproxima da cavaleira.

- Nome.

Fala ela sem olhar para o soldado. Ele respondia e ela brevemente anotava.

- Idade.

...

- País.

...

- Obrigada, pegue isso e se dirija ao pelotão.

Dividir soldados e manda-los para devido pelotões do mesmo país, pois parece que haveria uma guerra breve então os países pagaram a ela para treina-los, separa-los e voltarem com uma... estratégia?

Não havia entendido direito, a cavaleira apenas sabia que estava ganhando bem, e que a senhorita do chá iria lhe dever uma. A cavaleira era uma das únicas pessoas para a qual a senhorita do chá conhecia que era corajosa, destemida e não tinha medo de lutar.

Demoraram uma semana inteira sendo apenas as duas, mais o trabalho foi feito, e o pagamento foi realizado.

- Separados: Africanos, 6 pelotões com 6 unidades cada.

- Alemães, 12 pelotões com 6 unidades cada.

- Brasileiros malditos...

A cavaleira riu, os brasileiros foram os que deram mais trabalho, pessoas mal educadas, mal cheirosas, teimosas, palhaços, baderneiros e indisciplinados.

- Quantos?

-...

- Arr... Ok, Brasileiros, 24 pelotões com 6 unidades cada. Viu nem foi difícil demais relatar.

Riu devolvendo a pasta para ela retomar a leitura.

- Americanos, 36 pelotões com 6 unidades. Ótimo trabalho.

Somente depois ela contou a cavaleira, mais aquela flor que havia em um dos seus cachos era na verdade o que a nomeava General, pois aquela joia amarela. O Topázio Sollum. Era uma pedra extremamente rara e que somente altos Escalões dos.... poderiam ter essa pedra.

Mais aquela pedra era por “etapas” iria mudar de cor compulsivamente conforme ia sendo promovido. Pois aquela pedra era uma pedra magica, e o alto Escalão do... infelizmente não poderá ser citado pois a pedra da cavaleira ainda é de cor neutra, a magia ainda não foi ativada, praticamente uma novata.

A cavaleira se lembrou de como ganhou essa Ametista que agora estava em sua mão direita. Sua mão de bater...

“- A Ametista Holy? Tem certeza que pretende me dar uma joia magica tão rara ate mesmo no mundo magico?

- Tenho que dar, pois agora você é uma General, eu a recomendei e a nomeei, apesar de ganhar uma pedra primaria tem mais experiência nesse mundo que vários Coronéis e Generais.

- Mas...

- Nada disso. Vou lhe contar um segredo. Assim que você viu minha pedra se hipnotizou por ela. Você é como a Topázio Sollum, nasceu para ela e seus poderes, mais a Ametista Holy também faz parte de seu ser. Vai se dar bem com ela ate ela virar outra pedra, mais lembre-se os poderes de uma nunca desaparecem mesmo ganhando outra...

- Agora derrame seu sangue sobre a pedra por algum tempo, ate ela brilhar e lhe aceitar, caso ela não brilhe vai morrer de hemorragia, mais assim que ela sente a primeira gota de sangue sua, o processo não pode parar, mesmo que você tenha mudado de ideia.

- Que coisa mais mórbida...

- Sua cara.

- Arr...

- Derrame, e deixe a sua essência em seu sangue...

- Ela vai se alimentar da essência em seu sangue, assim que ele tocar na pedra a cor mudara, por isso nunca deixe em um ferimento aberto.

Dito e feito.Sangue não assustava a cavaleira, assim cortou a mão e deixou seu sangue escorrer, deixou ele escorrer por alguns minutos ate sua pele começar a parecer ficar mais branca, e a cor de seus sangue antes vermelho começou a ficar roxo ate ficar preto, e por fim após alguns longos minutos a pedra despertou e começou a brilhar.

- Parabéns portadora da Ametista Holy. Bem vinda ao Escalão do... ”

- Pare de viajar! Ainda temos que acabar aqui.

A senhorita dos chás falou, despertando a cavaleira de um breve flashback. Suspirou ela estava cansada, e agora estava anêmica.

- Muito bem. Vamos acabar logo com isso, quero ir comer...
Sorriu e então continuou a ajudar à senhorita dos chás para acabarem logo.

# 11 ... Flashback or Dejavu?



“ - Vilarejo das montanhas... Por duas semanas? Fazer o que mesmo?

A cavaleira era sempre designada para missões estranhas e muitas vezes muito demoradas, a rainha parecia fazer isso de proposito apesar de que a cavaleira poder escolher suas missões e na maioria das vezes ela ajudava os outros.

- Hm... Vamos então.

Com total animo zero, a cavaleira foi para o vilarejo das montanhas para tomar conta de duas crianças enquanto seus pais estavam fora o resto do dia e só voltavam de noite.

- O QUE?! FICAR DE BABÁ? CÊ SÓ PODE ESTAR ME ZOANDO.

Que tipo de exemplo ela daria para duas crianças? Ela era uma princesa rebelde que veste armadura e usa uma espada. Que belo exemplo...

Mais claro...

Duas semanas, dia após dia a cavaleira preparava a comida dos menores, obrigada eles a comerem, ia com eles pelas montanhas ate o vilarejo para brincarem com os colegas pela primeira semana. Pois na segundo os meninos haviam de ir a escola.

Certa vez a cavaleira pensou que daria uma mãe... sei la estranha não? Tão nova e com sentimentos tão confusos e emocional instável, ela cuidando de crianças e acalmando elas.

Nos finais de semana quando os pais não saiam, eles iam andar nos cavalos vermelho e verde, a cavaleira então teve seu primeiro contato com aquele cavalo vermelho, mais porem o problema aflorava nele.

Pois ele não suportava subir ladeiras, e ele ficava desacordado a ponto de relaxar o corpo e então ele ia para trás.

Aconteceu isso quando a cavaleira andava no cavalo, ela subia a ultima ladeira para chegar na casa em que estava hospedada, e o cavalo ficou desacordado e assim começou a cair.

- Mas o que?!... Porra!!

A cavaleira rapidamente desmontava e então segurava o cavalo com suas mãos, porem o cavalo era mais pesado e maior que ela, e aos poucos os dois foram escorregando em direção a um penhasco... Lembre-se era uma montanha, então se caísse... Bom iria doer muito a ponto dela não acordar.

Ela conseguiu por fim segurar o cavalo, um passo em falso e os dois cairiam.

Olhou para trás apenas, para ver a cara da morte caso caísse, ela era verde e tinha cheiro de hortelã.

- Ai cara... que hora pra você morrer em cavalinho?

Com força e demorando muito, conseguiu levar o cavalo para o meio da trilha aonde ele não cairia e não a levaria junto.

Descansou um pouco os braços e assim que ele estava em si subiram novamente, e dessa vez ele estava acordado e eles conseguiram chegar.

- Arr...

Fora a “quase a morte”, as duas semanas correram bem e bem rápido, e assim o tempo e novas missões foram enchendo a cavaleira assim como novos problemas. Mais algo a cavaleira não ia esquecer que era aquela calmaria, serenidade, paz e liberdade.

Lá ela podia fazer o que quisesse, podia escolher aonde ia e porque ia. Sentiria falta disso, sem falar da paisagem...

Céus noturnos...

Amanhecer...
E o por do sol...

- Sentirei saudades.


# 10 I Need a Hero

Onde estão os homens bons me digam por favor
Onde estão os homens de coragem e valor?
Onde esta esse alguém que possa proteger?
Outro alguém, assim como eu, eu preciso conhecer.

O que eu quero, é um herói do meu lado quando a torre cair.
Com uma força de Deus, que batalhe por mim e me mostre o caminho a seguir.
O que eu quero...
É um herói que me leve aonde eu queira ir.
Que chegue assim, sorrindo pra mim e que venha pra me conduzir, me conduzir.
Um lugar existe aonde o sonho não tem fim?
Procuro um lugar assim, e alguém que viva só pra mim.
Mais veloz que um raio, mais forte que um trovão.
Somente um super homem pra roubar a luz da ação.
Vem como uma montanha que se eleva no céu, sei bem o quanto eu sofri, eu espero o herói que vai me redimir.

Esse alguém que se atreve a dizer “o quanto eu te procurei”
Esse alguém que fara o meu sangue ferver.
O meu sangue ferver, o meu sangue ferver, o meu sangue ferver, o meu sangue vai ferver.
O que eu quero, é um herói do meu lado quando o sol surgir
Que ele chegue assim sorrindo pra mim e que venha pra me conduzir
Um força de deus que batalha por mim e me mostra o caminho a seguir
O que eu quero...



sexta-feira, 14 de outubro de 2011

#09 Parece um feriado no paraíso :]


A cavaleira havia sido mandada para algum outro lugar, não era uma missão, nem aventura, muito menos férias.

A rainha estava descontente com o comportamento da cavaleira, pois a princesa havia se tornado uma cavaleira que luta pela justiça e faz isso com as próprias mãos, sem falar que causou mortes de princesas dos reinos vizinhos.

Zangada ela a mandou para um vilarejo nas montanhas. E tirou a armadura e a espada da cavaleira.

- Tsc. Vadia.

Não apenas a atitude, mais tudo na linda e delicada princesa havia mudado, ela se comportava e agia como um homem, seus modos a mesa continuavam a mesma coisa, mais seu linguajado, seus tri jeitos e sua reação eram agressivas e similares a de um homem.

No vilarejo nas montanhas a vista era extremamente divina, conseguia a fronteira para os reinos vizinhos, passou a maior parte do tempo olhando a fronteira dos reinos e pensando em como estava alto ali.

- Lindo Horizonte... ou só Bela Vista, quem sabe Belo Horizonte.

Sim ela conseguia ver bem, e agora falava mais sozinha do que nunca, não havia quase ninguém naquela casa em cima das montanhas, e o vilarejo na verdade não era junto por causa das roxas e das montanhas, cada casa ou loja era separada de no mínimo 1km. 

Os donos da casa quase nunca estavam, e apesar de agir e quase ser um homem, a cavaleira odiava viver de favores e incomodar alguém, por isso não pedia muito além do necessário, ou quase pouco necessário.

- Tem um pouco de mulher em você afinal!!

Riu, ela era agora sua melhor companhia, bem melhor do que nada, falar sozinha parecia coisa de louco, mais era engraçado o conforto que isso a dava.

Havia um cavalo, ele era branco e cinza, seu nome era Chuvisco.
- Chuvisco? Que raios de nome é esse?

A cavaleira montava em Chuvisco vez ou outra, e ia para longe, em uma mina a tão famosa “Pedreira”. Lá era grande e um ótimo lugar para escalar, isso a motivava a seguir uma trilha perto da Pedreira apenas para ver outros reinos de outros ângulos.

Depois quando todos voltavam ela estava em casa já, arrumada e entretida com o por do sol, eles a convidavam para sair quase toda a noite para ir ao vilarejo. Eles mostraram algo estranho para a cavaleira, algo que ela pareceu ver em um sonho antes.

“- Eu vi a morte, ela era verde e tinha cheiro de hortelã...”.

Era a única coisa que se lembrava, uma frase. Mas melhor que nada. Então eles montaram em algo que parecia um cavalo, porem com uma coisa estranha em seu rosto, e era vermelho!!

“- Ue? Eu já subi nisso em algumas vezes não?”

Pensava ela, o vermelho lhe era familiar e muito fácil de comandar, porem ele era muito indomável, e parava sempre que quisesse.

Havia dois cavalos assim, o vermelho que estava e um verde... a cor era estranha, mais de onde haviam saído bichos assim?? E o pobre Chuvisco?

A cavaleira foi no vermelho com a dona da casa, enquanto o pai e suas crianças iam no verde e assim cavalgaram ate a cidade, porem eles iam pelas muitas trilhas que haviam por ali, por isso ninguém os notou, e eles sempre paravam pouco antes de alguma casa e iam o resto a pé.

Porem enquanto cavalgava a cavaleira sentiu um cheiro familiar.

“... E tinha cheiro de hortelã”

Olhou para cima e viu o céu noturno e suas diversas estrelas, nunca havia visto tantas estrelas assim!! O céu estava azul escuro e havia um cheiro de hortelã no ar, seus olhos apenas estavam no céu, mais antes eles estavam nas arvores, verdes e grande. Casas para as muitas criaturas que haviam por ali.

No vilarejo eles jantaram, havia um presunto realmente delicioso naquele lugar. A culinário dos nativos das montanhas era realmente espetacular. Mas nunca em sua vida havia comido tão bem, e assim o sono veio dominar seu corpo, seus olhos pesavam um pouco e logo olhou o relógio do lugar.
- 20:42?!

Com sono tão cedo!! Como pode?? Aquele lugar a estava enfeitiçando!!

Quando voltaram, a Dona da casa deixou a cavaleira guiar aquela fera vermelha, foi fácil... quando não tinha uma ladeira para subirem.

Em seu novo lar, era ainda 21:24 e a noite estava meio fresca mais a casa era aquecida pela lareira... por uma das três.

Cansada e quase perdendo contra seu sono ela resolveu descansar, surpreendentemente os donos da casa não estranharam... Pois eles também estavam indo?!

22:00 – Havia adormecido

23h – Continuava dormindo

00h – Dormindo...

01h – ZzZ...

02h – Já estava começando a ter um sonho

03h – O sonho começava a entretê-la.

04h – O sonho estava em seu ponto clímax.

05h – O sonho por fim havia acabado deixando a memoria da cavaleira.

06h – A cavaleira abre os olhos achando que era tarde e que tinha dormido demais.

06:20 ~ 07h – Surpresa e amaldiçoando aquele paraíso, ela admirava o nascer do sol enquanto tentava lembrar do que havia sonhado.

07:20~08h – Tomava café com os donos da casa enquanto ele e as crianças se preparavam para sair.

08~19h – Passava o restante do tempo sozinha conversando consigo mesma ou admirando a paisagem quando o tempo lhe era favorável.

Hoje por exemplo em seu quarto dia de estadia no vilarejo das montanhas, o céu esta claro, porem é tomado por cores tristes como cinza, branco, preto. Nenhum traço daquele lindo céu azul que tanto via.
E hoje ela não viu o nascer do sol, pois as nuvens o cobriam. E muito provavelmente não vera o por do sol e nem aquele lindo céu noturno.

Ela também subestimou o clima daquelas montanhas, sua garganta doeu assim que respirou o primeiro ar frio do começo de manha, e doeu o restante do dia e sempre estava com frio. Estava começando a ficar doente porque naquela montanha era muito fria.

Havia dois cães naquele lugar, apesar deles não terem muito pelo eles sobreviviam naquele lugar frio, um se chamava Zeca, era um cão tão grande que de pé era maior que a cavaleira.

Mais sua carência e amor também era equivalente ao seu tamanho, pois ele sempre seguia a cavaleira pra qualquer lugar que ela ia, ate mesmo quando ela saia com o cavalo vermelho ou com Chuvisco ele a seguia.

O outro era mais para a Dona da casa, uma cachorrinha pequena e manhosa, realmente uma graça, ela também seguia a cavaleira pra onde ela ia, o que ela achava ate engraçado, mais ela sabia que nenhum dos dois poderia entrar na casa por isso eles só a seguiam quando ela saia.

Havia também uma empregada, mais ela era muda. Então não poderia falar com ela, ela limpava aquele lugar. Mesmo estando lá poucos dias a cavaleira percebia que ela era bem devagar e seu jeito de limpar era estranho.

Limpava um pouco em baixo, ai subia e limpava em cima, ai ela sumia e depois voltava para limpar um pouco em baixo, e depois em cima...

- Porra limpa logo um canto da casa mulher!!

Com dor de garganta, sempre que a cavaleira comia ou bebia alguma coisa essa dor passava de leve, por isso comia sempre que podia uma coisinha ou outra, mas a secura e o inchaço de sua garganta era realmente um incomodo.

- Alo?

Que? Quem disse alo?

Ouviu gritos e então entrou para ver e viu a empregada gritar com o telefone.

- Ah... Então você fala, achei que fosse muda!!

Que seja... Mulher estranha. Voltou para fora para ver a paisagem, era o único atrativo que deixava a mente, alma e o coração da cavaleira calmo. Conseguia ver diversas arvores e algumas casas no meio delas, as montanhas estavam meio azuladas pela mistura de cinza claro, escuro, e agora branco.

Escutava um canção baixa, seria o que aprendeu mais não se lembra como usar?

- ...??

A música era envolvente novamente, mais não era embriagante. A fez ter vontade de pegar sua espada, e prega-la no chão.

- Que isso... Você esta ficando louca.

Voltou para dentro de casa desviando da empregada que gritava com o telefone ainda.

Por todo o restando do quarto dia, ficaria confinada em seus aposentos lendo ou então dormindo, esperando que amanha possa caminhar com o Chuvisco em um céu lindo e falar consigo mesma...

# 08 Correntes Quebradas.

Havia algum tempo desde que a fada havia aguentando as cutucadas maldosas do Destino. Ele ficou intrigado em como aquela pequena criatura conseguia suportar tal situação, principalmente porque ela esta se tornando forte.

Forte.

Destino olhou no registro do tempo e viu quantas fadas eram assim.

Nenhum registro encontrado.

Destino olhou curioso e procurou mais a fundo, não havia nenhuma fada que havia certos tipos de obstáculos em sua vida para torna-la forte. Ele fez tudo isso apenas porque estava entediado, mais ele ficou intrigado ate onde a pequena fada poderia ir.

Não importa o quanto ele quisesse, a fada nunca fazia nada que zangasse seus pais, pois ela queria manter a instabilidade na família, mais por mais que ela tentasse, ela não conseguia mais unir e ser a mesma de antes com aquela família, então a pequena fada pensou que mudaria com a família, se eles estavam muito distantes, ela ficaria distante o bastante para ela não se machucar, mais ainda estaria presente.

Destino então manipulou a fada, e plantou nela um sentimento de odeio. A fada pareceu não notar, mais antes mesmo de tentar ela já odiava tal coisa.
Então o Destino veio à prova, sua mãe a colocou em uma aula de arremessos.

- EU.ODEIO.ARREMESSOS!!

Esbravejou, arfou e olhava para as pessoas que faziam isso com odeio. A fada nunca havia odiado ninguém ou alguma coisa por nada, mais isso brotou e explodiu dentro dela, sua família então começou a discutir e ela foi obrigada a fazer as aulas.

No começo ela fazia de má vontade para ser reprovada, mais então ela foi levando a serio para acabar logo com isso e foi quando descobriu que só sairia do curso quando fosse profissional.

Revoltada, ela começou a faltar, pois odiava aquele lugar. Odeia aquela turma, odiava aquele tipo de coisa.

Seus pais perguntavam como ela estava, mais dizia bem apesar de sempre faltar as aulas, se sentia orgulhosa por isso, mais meio mal por vê-los pagar por isso, suspirou e quando foi para o Lost Wood com seus amigos, eles estavam de frente para um imenso lago, e assim ela começou a arremessar pedras e as fez quitar, ela não era tão má, e isso não era um dever mais era apenas algo simples. Então começou a treinar sozinha para compensar.

Destino não estava gostando muito, era para ela detestar e se afastar de arremessos, mais pelo contrario, ela estava gostando.

Sorriu e então cutucou a mãe da fada, e a fez ficar desconfiada e se garantir de que ela estava indo bem, ate que ela descobriu que a fada não ia as aulas.

Raivosa a mãe da fada foi atrás dela e elas começaram a discutir. Resultado, a fada deixou o curso quando começava a gostar da coisa, a mãe da fada raivosa tentou tirar as asas dela e então a trancou em casa e disse que nunca deveria ter tido um erro como ela.

Desolada a fada permanecia no quarto, trancada apenas pensando, tentando achar algum solução ou coisa do gênero. Lágrimas e mais lágrimas escorriam dos olhos da pequena fada.
A fada não se sentia mais viva, não ouvia mais a música da floresta, não falava mais com seus amigos, não conseguia mais ler nenhum livro e estava proibida de sair de casa. Se sentia uma casca vazia sem vida nenhuma.

O Destino olhou curioso, pois gostaria de saber o que a pequena fada iria fazer, ele não precisava mexer nisso, ele sabia que a fada era emotiva e que amava sua família, apesar de ter se distanciada um pouco sabia que o sentimento não ia sumir tão rápido assim.

- Não sei o que fazer... me sinto tão inútil... sozinha... e...

E...? A fada parava e deixava sua mente ficar vazia... e então a primeira palavra vinha sem emoção era.

- Idiota.

 Estava sendo usada.

Destino gelou, gelou? Mais ele era o Destino o que ele estava fazendo? O que aconteceu?

A pequena fada parou e olhou para cima, estava sendo usada por alguém. Controlada.

Destino enfim soube, ele havia gelado, pois estava envolvido demais com se divertir com a vida daquela pequena fada, e o fato dela ter descoberto o fez temer de perder a sua diversão. Ele sorriu.

A fada olhava para cima e coçava os olhos

- Estou sendo usada pela minha mãe!!

O sorrido do Destino desapareceu. Ela não havia descoberto... ao menos não tudo, mais ela começava desconfiar, e ele queria, queria sim que ela descobrisse, e ele faria ela chegar a isso.

- Sim... Divirta-me mais pequena fada... descubra, cresça, evolua vamos...Tente me pegar!!

Porem o Destino estava tão entendido que o teste que ele havia feito, tinha marcado fundo a fada, ela não estava curada, ia demorar um pouco e ela mesma sabia, mais ela aparentava estar bem.

- Ok... Vamos arcar com isso... e depois... 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

# 07 A Diabolic Waltz



Acordou em um lugar desconhecido, aonde ela estava? Sentia cheiro de grama, sentia a terra úmida embaixo de si, e o perfume da manha invadir suas narinas. Onde raios ela estava?


Se ajoelhava na grama e erguia os olhos para a luz cegante do começo da manha. Sentia uma fraca brisa fria do norte... Norte?!


Rolou os olhos naquele lugar e viu que estava no meio de uma floresta. Como havia chegado ali? Apalpou sua cintura e percebeu que não havia uma espada ali.


- Cade a minha espada?!


Espada? Porque se sentia tão leve?


- Cade a minha armadura?!


Não se lembrava direito o que fazia ali, mais aquela leve brisa fria de começo de manha começou a brincar com seus cabelos, o fazendo voar conforme a brisa evoluía para um vento mais forte. Se levantou sem vontade e começou a explorar aquele lugar sem muita vontade, afinal não sabia aonde esta e ainda por cima estava desarmada.


Escutou o mundo lhe fornecer novamente música, mais a música que tocava era diferente, realmente era música.


Então não devia estar muito longe, mais aquela música era diferente, embriagante... convidativa e dançante.


- Uma valsa...


Algo parecia sorrir das sombras, e afirmar o doce sussurro que a cavaleira falava.


- Sim, é uma valsa... mais não é algo para ouvidos humanos, muito menos ouvidos comuns...


A voz não era assustadora, todavia não parecia normal. Não costumava falar com estranhos em lugares estranhos e numa situação totalmente estranha como aquela, mais algo naquela melodia a embriagava ao ponto de não pensar nesse tipo de coisa.


- Você parece alguém diferente... o que acha de apreciar a música de perto?


Poderia ser loucura, mais a cavaleira conseguia sentir o sorriso daquela voz se formar, crescer e crescer a ponto ate de mostrar seus dentes brancos. Mais apesar de sentir e saber disso, ela não via nada. Apenas a floresta na qual estava e permanecia nela.


- Perto... onde?


A voz ria, mais agora a voz se multiplicou, o que pareceu tirar a cavaleira de seu estado de embriagues pois um calafrio lhe subiu a espinha e a fez ficar atenta olhando ao tudo ao seu redor.


Ouvia vozes, ouvia música, ouvia risos e agora cochichos... mais estranhamente não via ninguém.


- Então você não quer ver? A nossa...


Franziu suas sobrancelhas, o que ele havia dito?


- Desculpe o que disse?


A voz aos poucos foi se afastando, e conforme ia a cavaleira parecia ir junto, se sentia arrastada por algo ou alguém, mesmo ninguém tocando nela. Sua visão foi consumida pela escuridão das arvores e seu campo de visão mudou.


O que havia ali eram luzes, luzes que pareciam ter olhos e olhavam para ela.


- O que... são vocês?


A música voltava a tocar, mais agora estava bem mais alto tanto no volume como em seu poder estranho de embriagues. Os olhos antes arregalados agora permaneciam semicerrados enquanto olhava aquelas luzes adquirirem braços,pernas e o formato de uma cabeça.


As formas ficaram ignoraram a presença da cavaleira, e assim se puseram um a frente do outro, parecendo formar pares as mãos se juntaram e então começaram a...


- Ah?? 


Quando deu por si a própria cavaleira estava rodando com uma das formas de luzes, aquela música embriagante tinha ritmo, e a cavaleira estranhamente seguia aquele ritmo como se sempre tivesse dançado aquilo.


A forma de luz tomou forma se mostrando um rapaz, mais seu corpo ainda estava coberto pela luz, por isso via como ele era, mais ele totalmente. O rosto do rapaz se aproximou e ele sussurrou perto no ouvido da cavaleira.


- Shall we dance? Let's go a Diabolic Waltz...


Antes de reagir, negativamente ou não algo mudou, e a cavaleira Aprendeu a Diabolic Waltz, mais ai...


...


Aonde...ela estava mesmo? O que ela estava fazendo? Uma floresta? Como havia chegado ai?


Confusa a cavaleira coçou a cabeça e rumou para fora da floresta no meio de um bocejo, se sentia cansada e queria dormir... estava meio tonta e com tanto sono que mal notou alguém rindo as suas costas, um sorriso largo e branco aflorava das trevas sussurrando algo para as costas da cavaleira, mais esse algo parecia palavras doces, a ponto de uma pequena flor nascer na sombra de onde o sorriso estava.


- Fome... Sera que tenho que andar muito pra voltar? Mais aonde eu estou?