sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

# 22 Parabéns pra você

O tão temido dia estava chegando, aquele dia mesmo.

Seu aniversario.

A Cavaleira faria daquele dia dezenove. Dezenove...

Por algum motivo, ela não gostava desse número...

Não, o número nada tinha haver com isso. Ela não gostava mesmo era de ficar mais velha. A cada ano que passava, ela ia perdendo o sentindo de comemorar seu aniversario.

Mas esse ano... Quando retornou para seu Reino das águas, ela decidiu deixar passar, já não se importava se comemorava ou deixava passar. Afinal era só uma data, a data em que ela havia nascido a dezenove anos atrás...

Estava em seus aposentos, cansada e exausta. Ate que uma chamado estranho veio.

- Ana?

Ela havia convidado a Cavaleira para sair e tomar um sorvete?

- Doida.

E assim ela se arrumou novamente para sair. Porque? Porque raramente A Amazona, queria sair de sua residência para fazer alguma coisa, qualquer coisa.

Então porque não aproveitar a raridade?

Assim que abriu a porta, A aprendiz das mascaras, estava atrás da porta quando a Cavaleira abriu.

“- Não tinha nada para fazer” Ela disse. “- Estou entediada e quero as coisas de Neko” Ela continuava dizendo.

Mas... isso era estranho. Algo dentro da Cavaleira suspeitava. Algo dentro dela se remexia.

Mas como era educada, convidou-a para tomar sorvete junto da Amazona.

Estranhamente a Amazona queria tomar sorvete em um dia chuvoso e muito frio, e fizeram a Cavaleira sair de sua casa quentinha para se expor a chuva, vento frio e a olhares duvidosos das duas.

Suspirava. Esse dia será longo.

Chegaram no local do sorvete, cada uma pediu, assim que todas estavam com o sorvete em mãos, a Amazonas deteve a Cavaleira de se mexer. Geralmente ela encararia a pessoa que pegasse seu braço daquela forma.

Mas como estava na presença das duas, e tinha consciência disso, não sacou sua espada e não decepou o braço da Amazona.

- Ahn...

Um clima estranho ficou no ar.

- Porque esta me segurando?

- Pra onde você vai?

- Descer...

- Vamos tomar sorvete aqui, vai que a gente quer repetir.

-...

Suspirou novamente, voltou os passos que fez, e começou a tomar seu sorvete. Logo percebeu que esse sorvete era ruim logo no começo. Tomou ele rapidamente para não ter que ficar mais lá.

Logo seu corpo começou a esfriar por causa do sorvete e o vento frio. A Amazonas e a Aprendiz das Máscaras também começavam a reclamar do frio. E concordaram de ir embora.

Começando a andar, a Amazonas chamou a Cavaleira, ela estava afastada das duas, isso porque ela iria descer, não subir.

- Pra onde você esta indo? É por aqui a minha casa.

“- Sua casa?... Desde quando decidiram isso?” Pensou a Cavaleira envolta em mais duvidas e desconfiança. Suspirou e subiu para a casa da Amazonas, elas enrolaram um pouco de tempo lá, jogaram algo que o nome era “Just Dance”. Copiar os movimentos de uma pessoas com perfeição.

Parecia que a Cavaleira era boa nisso.

Logo ligaram na casa da Amazonas, a Mãe da Cavaleira gritava falando que tinha que estar em casa logo, e que não era para demorar.

A Cavaleira já sabia do protocolo. Por isso não avisou nenhuma das duas e então voltaram a jogar.

A Cavaleira ganhou todas as partidas.

Depois a Amazonas perguntou se tudo bem ela ficar aqui ate tão tarde. Pensou que ela tinha razão. Então elas decidiram jogar mais umas partidas, e foi quando viram a Tia da Amazonas, a irmã dela, e a prima dela, se arrumarem todas e estavam de saída.

Elas falaram que iam ao cinema, mas deixaram uma lembrancinha para a Cavaleira.

Ela esperou elas saírem, mas agradeceu.

De repente ela se lembrou, seu aniversario havia passado, nenhum presente foi lhe entregue no dia certo. Ele havia ocorrido na Quarta. Meio de Semana. E hoje era Sábado.

Sorriu tristemente para si e para o presente, ele era pequeno do tamanho de uma caixinha, se perguntava o que havia lá dentro.

Abriu e viu que era um colar, os olhos dela brilharam por ver tamanha delicadeza.

Se sentiu ligada ao colar no mesmo instante que o viu, o colar tinha a corrente dourada, e o pingente era um brilho de prata e dourado em um floco de neve com flores.

“- É a única parte delicada de um pedaço de gelo como eu...” Riu para si mesma e pensou. Colocou no colar no mesmo instante.

A Amazonas e a Aprendiz das Máscaras sorriram e falaram que o colar era lindo, e logo deu a hora dela partir para casa, a Aprendiz das Máscaras morava no mesmo lugar, por isso foi junto, e a Amazonas foi acompanhar elas.

Chegada em casa, ela ouviu um uníssono de varias vozes.

- Parabéns!!

Seus rolaram pelo local com uma mistura de surpresa e pânico. Foi menos de um segundo. Mas para cada rosto que ela via, ela amaldiçoava e dizia seus nomes em sua mente. E eram mais de dez pessoas.

“- Ainda estou na porta!! Da pra correr.... Da tempo ainda!”

Não, pois a Aprendiz das Máscaras e a Amazonas a estava empurrando para dentro para poder ver as pessoas.

Então um surto de pensamentos ocorreu.

“- Elas sabiam...”

Rolou os olhos pela casa novamente, viu a filmagem de seu Nascimento e seus primeiros aniversários. Todos que conhecia estavam ali... Todos que moravam perto ou gostavam demais dela para sair de casa pelo menos...

Seu Pai não estava ali.

O Aprendiz de Bardo também não estava lá... Foi quando se lembrou novamente. Hoje era o aniversario dele, ela iria comemorar com ele, pois ele faria uma festa para poucos amigos em sua casa.

“- Sim... essa pode ser a desculpa.”

Errado. Não deu em nada. Ela continuou ali.
Forçou um sorriso e uma cara de surpresa, e soltou um.

- Nossa... vocês me pegaram...

Era uma festa surpresa, eles esqueceram do dia, confundiram, e comemoraram no errado.

- Mas que merda....

Resmungou baixinho. Suspirou fundo, e tentou entrar no ritmo e foi quando descobriu que tinha deixado alguém importante na espera, quando foi para seu quarto, via os pequenos mexendo...

Seu rosto ficou rubro de raiva, tirou deles antes que quebrassem, e conseguiram meio que isso, e voltou a falar com aquela pessoa. E com outras que estavam no vácuo.

Logo mais e mais pessoas chamavam a Cavaleira para conversar, e sua mãe a chamava para servir as pessoas.

A Noite foi longa, por diversas vezes ela aguentou pontadas e indiretas, suspirou escondido e se escondeu para falar com aquela pessoa. Por fim a noite em fim acabou, quase todos foram embora, e ela estava em paz finalmente.

Quem dera... ela foi encarregada de limpar a própria festa surpresa, foi encarregada de servir.

Não comeu... Mas bebeu, sempre conseguia roubava uma bebida alcoólica para conseguir aguentar.

Quando acabou, se demorou mais um pouco com aquela pessoa e por fim foi descansar... Para enfrentar mais amanha, pois ainda tinha uma missão para amanha.

- Deus...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

# 21 O Mar Branco.

O Tão Temido Mar Branco...

Um lugar aonde os poucos tinham a ousadia de viajar.

O que a Cavaleira fazia lá mesmo?

Aonde estava a cabeça da Cavaleira?

Porque ela estava lá?

Ela estava em um navio, ele estava turbulento, o mar branco estava difícil de enfrentar.

Ela não era a capita, navegadora, nem nada. Não era nem um marinheiro.

Mais turbulência...

- Porra... Acho que vamos cair...

A Cavaleira tinha medo de cair daquela altura.

Chegaria em duas horas ao local de sua próxima aventura.

O que ela poderia fazer agora era olhar a paisagem e admirar o mar branco.
O que ela iria fazer naquela aventura mesmo?

Havia esquecido...e provavelmente não se lembraria. A Lenda do Mar Branco era conhecida por causar amnesia em alguns marujos.

Devia ser seu cheiro. Lá em cima cheirava muito bem, e era lindo e muito claro.

Agora ela tinha sono, não poderia continuar consciente...estava calmo demais...

Bocejou, fechou os olhos e encostou no apoio de sua cama e acabou adormecendo ali mesmo...