quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

# 20 Luzes de natal

Estava no seu próprio Paraíso. Ela não sentia nada alem da estabilidade entra confortável e uma boa noite de sono. O começo de um dia fresco com o sol, ou o começo de um dia frio aponto da minha respiração ficar visível...


Era naquele mesmo vilarejo nas montanhas cuja Cavaleira havia passado uma temporada. Porem ela havia sido convocada para uma reunião não nas montanhas, mas na cidade.

Vestiu suas melhores roupas simples. Soltou seu cabelo como uma comum. Pintou seu rosto de forma suave e natural. E colocava acessórios feitos com pequenas pedras coloridas não muito chamativas,e um sorriso meio torto e envergonhado.

Estava pronta.

Naquela reunião, ela se sentia desconfortável. Apesar de se esforçar para ser o máximo comum ali, ela estava em destaque.

Pois todos ali vinham de uma linhagem.

Cabelos claros, Loiros. Não conseguia se misturar com isso, pois seus cabelos apesar de imitarem um nascer do sol, ainda trazia a escuridão em seus fios.

Seus olhos eram claros, cor de água ou das folhas na primavera. Azuis e Verdes. A própria invejava esses olhos, apesar de saber que olhos tão lindos significava que não eram bem pigmentados e sendo assim são muito frágeis a luz e seus reflexos são mais lentos.

A única coisa que havia em comum entre eles eram sua pele clara. 

Suspirava, não estava com animo, então foi conversar com a noite. Ouvir seu canto de hoje e suas fascinantes estrelas.

O lugar ande estava, parecia haver mais de uma reunião acontecendo naquele meio, pois por onde andava havia pessoas, e os olhos daquelas pessoas se demoravam na Cavaleira ate ela sair do campo de visão.

Finalmente chegando fora seus olhos foram cegados por uma luz forte, seus olhos se acostumaram com a luz desconhecida e assim ela viu.

A árvore de pedra a qual estava, possuía pequenas e brilhantes luzes coloridas ao redor dos andares e janelas.

- Como uma árvore de natal.

Admirando aquelas árvores gigantes totalmente iluminadas, a canção daquela noite era triste, a cada nota os olhos da Cavaleira se enxiam d'água, mas não ao ponto de transbordar, apenas se enxiam d'água.

Passado o tempo, era a hora de voltar para reunião, se tivesse sorte já teria dado a hora de ir.

Errado.

A reunião parecia estar mais no auge do que nunca.

Outro suspiro.

Fugiu para o primeiro comodo que via, que no caso era o toalete. Sua própria figura se encarou no espelho, e a Cavaleira pálida de cabelos com tons negros e claros como o nascer do sol tinha embaixo dos olhos um brilho.

A figura ficou maior conforme ela se aproximava do espelho e assim examinou o brilho.

Era como uma trilha de pequenas lágrimas brilhantes, seus olhos já brilhavam mais com as poucos lágrimas que haviam voltado ao seus olhos por causa da claridade do toalete.

Tudo indicava que ela andava chorando, mas seu rosto não era afetado por nenhuma tristeza para desmanchar sua máscara hoje.

Tentou inutilmente limpar as lágrimas brilhantes dos olhos e das maçãs do rosto. Inútil.Inútil novamente, e outra vez inútil.

Suspirou, que noite longa, se retirava daquele comodo, novamente olhares se concentraram nela. Sua pequenas lágrimas brilhantes atraíram olharem, principalmente com ela saindo do toalete.

Se dirigiu ate a varanda e admirou outras árvores de natal de uma visão melhor e bem mais ampla. Naquele lugar ela se sentia uma decoração da árvore.

Riu e procurou achar uma a qual ela se encaixasse.

"- Como um anjo..."

Palavras meio duras se encaixavam na canção desta noite, sorriu sozinha e pela primeira vez, a Cavaleira derramou lágrimas de anjo, pois estava em cima de uma das árvores de natal.

Embora ela não tivesse notado, ela estava sendo iluminada as lágrimas brilhantes em seus olhos, a faziam brilhar e ser uma das luzes que piscavam incansavelmente em um dos altos galhos daquela árvore.

A Cavaleira com lágrimas de anjo começava a olhar outras árvores brilharem, tentando competir o brilho com outras árvores para iluminar aquela noite fria e com uma mare de nuvens.

- Anjo...Huh...

No vento fresco ela notou uma movimentação lá embaixo. Bem lá em baixo, ela notou um ratinho correr com um pedaço de queijo para a sua toca. Ela sorriu, voltou seus olhar para o local lá embaixo e procurou pelo queijo.

Havia achado aonde estava o queijo, e daquele momento aquele fofo ratinho de preto chamou a atenção da Cavaleira. Por algum tempo ela esperava olhando para beijo, para vê-lo novamente. Ver ele pegando o queijo e correr para a toca. Mas diferente das três primeiras vezes, nas outras fazes ele não voltou...

Sem ele voltar, se retirou da varanda pronta para enfim ir... Mas havia mais o que acontecer naquela noite, ela sentia isso.







segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

# 19 O Anjo das Trevas

Sei que quando você se foi, ate aqueles que te odiavam choraram a sua morte...
Você foi alguém muito mais que respeitável e admirável, foi um verdadeiro anjo das trevas.

Sentirei sua falta, mesmo sabendo que todo o dia quando acordar, vou fingir ser você, vestirei sua máscara e assumirei sua voz para um dia tentar te alcançar, vou roubar seu nome e sua reputação, para que você nunca morra e assim não desapareça com o tempo...

Mesmo sabendo que você já se foi, todos ainda acreditam na fútil ilusão de que “eu” sou “você”, pois ninguém desejou que você realmente fosse, “você” era as “trevas”, “trevas” necessárias para esse cidade aonde parece que o dia nunca nasce...

O tempo é cruel, e estava fazendo seu serviço, você iria ir um dia, antes ou junto com todos nós... era isso o que pensávamos, nunca esperei que você fosse tão cedo, pelo menos, não dessa maneira... Apesar de ser a sua cara.

Você não pode receber... e o lugar aonde mais ficou foi na escuridão, então foi a ela que deixo essa rosa, na esperança que de alguma forma ela chegue ate você.

E com tristeza eu visito aquela mesma lapide que você visitava, e agora eu vou lá para ver um nome novo escrito, o seu nome. Seu nome ainda esta novo, enquanto o de seus pais... O tempo faz o favor de apagar para você não ter dor.

Agora a dor é minha e dos outros, e o tempo terá que apagar seu nome rápido, mesmo que eu seja incapaz de te esquecer. Porque sinto que você ainda vai me saltar, como em tantas outras vezes, vai vir com suas asas negras e voar pela cidade, para cuidar do sonhos dos outros... Inclusive do meu.