quinta-feira, 24 de novembro de 2011

# 18 Parabéns pra você.

“Hoje é seu dia especial, ninguém pode lhe dizer o contrario, meus sinceros parabéns para você, que tudo de bom aconteça a você, que consiga tudo o que sempre quis e tenha muito sucesso e seja muito feliz.”

Você me manda essa mensagem, e vários outros copiam o mesmo sentimento e as mesmas palavras. E tudo que consigo sentir de tudo isso é...

Nada.

“Hoje é seu dia especial, ninguém pode lhe dizer o contrario”, não... hoje não é meu dia, eu apenas aluguei ele por algumas horas para que poucos se lembrem que nesse dia, nesse mesmo mês e alguns anos atrás, foi o dia em que eu nasci...

“Meus sinceros parabéns para você”, seu parabéns não é sincero, eu não sinto algo realmente verdadeiro em suas palavras apesar de tudo...

“Que tudo de bom aconteça a você”, você me deseja sorte, em um mundo caótico e coberto de caos e desordem, aonde a sorte é uma coisa rara a se achar. Não é desejando para outra que a sorte vira, e não é querendo ela que a mesma vai me encontrar...

“Que consiga tudo o que sempre quis e tenha muito sucesso...”, aqui você apenas diz para eu ser forte, você não vai me ajudar, por isso nessa pequena frase, você pede para que eu seja forte, para que sozinha eu consiga tudo o que sempre quis, porque sei que ninguém vai me ajudar nisso... e você também.

“ E seja muito feliz...”, desejar a felicidade é subjetiva. Sua felicidade pode mudar, assim como a minha pode ser a mesma para sempre. Mas na verdade o que é ser feliz?

Na minha opinião, a felicidade e momentânea, ela se da a curtos espaços em meu tempo, como em um abraço, um beijo, em um jogo... A minha felicidade é poder sorrir de verdade e rir sem ter algo doloroso no peito.

A minha felicidade é fora de casa, fora da minha família, pois lá eu tenho que usar uma máscara que me sufoca, apesar de me acostumar, eu odeio essa máscara. Lá fora, era como se eu ainda sentisse a máscara, mas eu conseguia respirar então eu poderia fazer coisas sem a máscara me atrapalhar...

Como colar seus lábios nos meus, sussurrar em seu ouvido e ver você ficando arrepiado, segurar na sua mão sem perder o ar, poder ver a bela paisagem com eles e com você e poder exibir meu sorriso sem outro desenhado na minha frente.

Minha felicidade... eu não procuro mais, pois a uma pequena felicidade em ficar trancada em casa, minha pequena felicidade é ouvir as vozes que eu adoro e deixar elas me fazerem rir com coisas bestas.

As vezes elas não falam, mas eu consigo sentir, ao menos com os donos dessas vozes, eu sinto que eles não esqueceriam... Como aqueles esqueceram e fizeram ser o que sou... Mesmo que eu seja apenas um...



Não sinto sentimentos em você, não vejo mais a vida que você tinha, seus olhos apesar de caírem lágrimas, estão frios e sem brilho. Seu cabelo novo cheio de vida e belo como sempre, voa com o vento sem vontade nenhuma. Sua pele clara, não expressa mais sorrisos além de sua palidez natural...

Ainda sinto a nobreza em sua presença, você ainda é da realeza e é querida por alguns. Sua beleza ainda é rara apesar de simples... Mesmo que você não ligar mais... Eu te amo.

Mesmo que você agora seja apenas um...

“Coração eternamente congelado...”


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

# 17 Floresta de Pedra.

Não havia Terra, não havia Amor, apenas havia a perfeição de Pedra e ar ruim.

Robôs mandam nesse lugar, a qual batizei de Floresta de Pedra, aonde não importa aonde eu fosse sempre que olhava para cima, em vez de ver o céu, eu via prédio enormes, sem fim, sujando a paisagem com sua cor cinza sem graça.

Não sabia o que era estrelas, já não via o sol nascer ou se por há muito tempo, já não acreditava que pudesse existir um lugar aonde não havia prédios.

Era o lugar mais feio da Terra essa Floresta de Pedra a qual eu nasci, mas diferente deles, eu não nasci como um robô. Mas estou prestes a me tornar um robô sem ser de ferro.

Porém hoje eu vi um raio que me cegou, algo que me encantou em menos de 2 segundos, uma breve visão, mas uma das mais lindas que eu já vi na Floresta de Pedra.

Sim era o Sol, o Sol nasceu e sorriu para mim em seu primeiro folego da manha. Aquela luz tão fraca e tão tênue parecia que iria sumir a qualquer momento por um dos ventos frios da Floresta.

Mas antes de seu calor sumir, sua visão me foge dos olhos por um dos prédios que eu detestava.

Não teria mais como ver, havia entrado na Floresta...

E aquele ar começou, os robôs não eram afetados, eles não respiram como eu. Então novamente eu desmaiei na entrada da Floresta. Mas eu queria ver... Aquele Sol sorrir pra mim…. Mais uma vez.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

# 16 Canção.



De uma canção distante, cantada por uma boca com uma voz comum...Que logo virou uma pequena e estranha história na qual as crianças aplaudiam.

A muito muito tempo, havia uma jovem princesinha, doce e bela ela cantava e trazia alegria por onde passava, seu irmão era tão semelhante a ela. Era uma herdeira perfeita.

Mas conforme o tempo foi passando, a princesinha foi mudando. A cada dia ela ficava mais velha e mais sabia, e a pequena princesa das águas discutiu com a rainha, seus conceitos não batiam mais, e agora ela era quase uma mulher independente.

Varias lutas entre as duas aconteceram e então ela abdicou de seu trono.

Farta decidiu fazer justiça com as próprias mãos, deu adeus ao Reino dos Mares, pois ali jamais voltaria da mesma forma que viveu, apenas agora seria uma Cavaleira, e nunca mais uma princesa...

Mesmos assim ela ainda carrega um símbolo se sua nobreza, um símbolo de sua coroa em seu pescoço.

Uma espada de um reino distante e sagrado, um escudo que dificilmente usava, e assim a Cavaleira começou sua aventura.
Por diverso lugares e reinos ela viajou, ate chegar em um lugar, aonde ela conheceu um inimigo que ela não podia derrotar.

Ele ameaçava inocentes, esmagava os oprimidos, destruía a inocência e a pureza.  

Diversas lutas, missões e aventuras a deixaram disposta a lutar que ele... E ele se chamava Destino.

E ela por fim conheceu alguém que ela não podia derrotar.

Humilhada e muito ferida, o Destino poupou sua vida dizendo as seguintes palavras.

“- Você é uma peça valiosa, com potencial e divertida, vou te deixar viver na esperança que faça o que tem que fazer”.

Um sorriso tomou o rosto do Destino enquanto a Cavaleira aos poucos perdia a consciência amaldiçoando ele baixinho.

- Mal...dito.

Derrotada de tal forma, a Cavaleira decidiu largar a espada e seu escudo, passou a vestir roupas comuns e se misturar no povo.

Com essa decisão muito tempo se passou, ela continua sua viagem, mais agora como uma moça comum.

Tomava chá todas as tardes, apesar de detestar chá, colhia flores e sorria para os rapazes, ela vivia apesar de detestar esse tipo de vida...

Ao longo de sua viagem ela ouviu falar, que ele havia tomado conta de um Reino por definitivo, e que queria sacrificar todas as donzelas dali.

Cheia de raiva e fúria a Cavaleiro rumou para lá, mesmo sabendo que ali a morte lhe esperaria.

Ao chegar ao lugar deserto, ela ouviu a voz dele gritar alto que a estaria esperando na praça ás 15h caso ela não viesse á princesa desse lugar teria a cabeça cortada no mesmo horário.

Ela apenas sorriu, e assim voltou para pegar sua espada e seu escudo para se preparar.

Há muito muito tempo, havia uma pequena princesinha, que ao crescer se tornou uma Cavaleira com ainda seu titulo de nobreza, e depois de uma derrota do Destino virou uma moça comum.

Mas quando alguém precisava de ajuda, ela sempre usava sua espada para o bem... e deixava de ser aquela moça comum.

Quando a hora finalmente chegou, ela caminhava com sua espada em mão apontada para ele enquanto uma doce princesinha de cabelos dourados chorava de medo por sua vida.

Ao encara-lo ela apenas sorriu enquanto avançava destemida ela ouviu o som da torre do relógio tocar ás 15h.

- Ah, esta na hora do chá...